Pirra Cerâmica nasceu entre SP e Minas Gerais, na serra da Mantiqueira. A partir da matéria prima extraída da erosão das rochas da região, e da queima deste barro em lenha -  aliados ao gosto pela escrita e ao gosto pela experimentação, foi pensado o nome que traz na história grega o renascimento do feminino: foi Pirra, filha de Epimeteu e Pandora , que após o dilúvio e o fim da humanidade, teria sido incumbida de dar vida às mulheres novamente, a partir das pedras da Terra - entendendo a Terra como mãe de todos os homens, e as pedras -  os ossos dessa mãe, conforme profetizado pela Deusa Têmis. E assim se fez.

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Entre a etapa de secagem da argila chamada 'ponto de osso", seu ponto mais frágil, e a gestação demorada na feitoria da cerâmica como um processo e uma relação com o tempo essencialmente femininos; surgiu a marca Pirra. Biojoias e utilitários, queimados em altas temperaturas, utilizando além do barro, e dos minerais e óxidos da natureza, também o vidro reaproveitado de garrafas, em suas produções.

Atualmente na costa litorânea de São Paulo, nas pesquisas sobre forma, luz, temperatura e suas relações com os sais minerais e cloretos presentes no mar, na produção de ensaios literários e diante dos resultados químicos e estéticos obtidos nas peças; as linhas de convergência surgem e tem se revelado fontes infinitas de inspiração, surpresa, invenção e delírio.